Já não resta tecido
Que proteja este coração
Já está tudo apodrecido
Já nada esconde a desilusão
Este coração podre está
Desapareceram as suas vestes
E um dia até ele desaparecerá
Para que nunca mais se moleste
Quer gritar mas não tem força
Arrasta-se com dor e grunhe
Tem a resistência de louça
Sem espaço para que mais uma maldição nele se cunhe
É de um vívido caos iminente
Que ele está tão, tão farto...
Um mundo de sofrimento que ele sente
Morre a esperança após o seu parto
Tudo está mal e errado
Um par perfeito dividido por montanhas
O único astro importante está tapado
Dói da alma às entranhas...
E quando é que essa nuvem sai do céu
E quando é que essa montanha desaparece
E quando é que dessa perfeição cai o véu
E quando é que se apaga esta dor que em mim padece
E só pergunto porque tem de ser assim...
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