segunda-feira, novembro 01, 2010

O Atrevimento

O Atrevimento

Como te atreves a pisar
As folhas de carvalho
Nesta manhã bela e vulgar
Que condensa o ar em orvalho

Como te atreves a beber
Da nascente do rio
Nesta manhã a nascer
Onde reina o frio

Como te atreves a trepar
O mais alto penhasco
Neste manhã subliminar
Admitindo que tudo o resto é um asco

Como te atreves a contemplar
O passeio matinal de uma alcateia
Nesta manhã latindo no seu caminhar
Esperando pela noite de Lua Cheia

Sem comentários:

Enviar um comentário