Um cenário de angústia...
Na criança de um novo dia
Nasce uma desculpa para a crueldade
A corrupção da graciosidade
Que é a paixão de duas almas
Duas almas dançantes
Na divindade do anoitecer
Mas fisicamente imóveis
Devido à injustiça que é viver
Assim dá claramente para perceber
Que o amor é como as noites de lua cheia
De uma beleza difícil de entender
E que demora tanto tempo a alcançar
Na sua mente ele é veloz
Um cavalo lusitano
Ele quer que ela oiça a sua voz
Adornada de palavras de afecto
Não fossem as suas pernas imóveis
Assim como as dela...
E não estivessem ambos caídos
Sob uma noite tão bela
Mas a beleza da noite
É inversamente proporcional
À sorte que os dois tiveram
Ainda que directamente proporcional
Às palavras que ambos disseram
Os olhos dele nos olhos dela
E os olhos dela nos olhos dele
Ele desespera por ela
Ela chora por ele
Ambos se esforçam para se alcançar
Mas estão presos ao chão
O seu poder de amar
Vale fisicamente nada
Deve sofrer o cruel culpado
De tal acto de malevolência
A mente psicopata
Perdida na demência...
Enfim...
Num cenário de desespero
Tudo acabou...
Jaz agora debaixo da lua cheia
Os corpos ensanguentados
Das duas almas que lutaram por amor
Dos dois seres apaixonados...
Que só conheceram dor
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