sexta-feira, junho 18, 2010

Livre e imortal!

Livre e imortal!

E agora é o fim
É a queda das grades
É a liberdade
É a imortalidade

E encontro-me no florescer duma nova era
Libertar-se-á a minha fera
A minha fera interior
Que foge agora das asas do condor!

Acabou-se a escravatura mental
Abandonei o ergástulo
E metade do meu pessimismo filosofal
Sou imortal!

Possuo a esperança de esquecer
Um passado de tormentório
Possuo a esperança de ter
Um tão merecido tempo

Tempo para ser
Tempo para fazer
Tempo para pensar
Tempo para gastar!

Estou livre do pensamento inútil
Do antro de miséria
Dos olhares de gente fútil
E Da minha face severamente preocupada e séria

O meu tempo é agora infinito
Sou completamente imortal
E as palavras deixaram de ser de sofrimento
Mas de egoísmo e de mal!

Tal a natureza do ser humano
A minha natureza!
Tão odiável
Mas tão inegável

Sou livre como um lobo
Imortal como só eu posso ser...
Como um demónio...


-


Aproveito para dizer... R.I.P. - José Saramago...

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