quinta-feira, novembro 22, 2012

Momentos de Fraqueza V: Poema que vale nada...

Olho para as minhas origens
Tudo está a morrer, tudo mudou,
Olho de tão alto que tenho vertigens
Eu não colho deste mundo aquilo que lhe dou;

Só não visto asas de anjo porque não são desta dimensão,
Vejo tantos corpos afogando-se orgulhosamente num mar de droga,
E vejo o destino atirando bóias em ouro na sua direcção
E eu mente sã corpo são, num mar de fogo a minha essência se afoga;

Arrasto comigo cadáveres neste percurso tão longínquo que é a vida
São os meus fantasmas do presente nada brilha neste corredor,
Neste rosto uma enorme história de dor e miséria pode ser lida
Enquanto eu estou preso numa locomoção horrenda afastado do meu amor...

E tudo parece negro à minha volta nestes momentos de fraqueza
Neste momentos em que encontro tudo menos descanso, nada tem valor,
Quase nada tem valor, porque a vontade de existir não é a realeza
A realeza é fechar os olhos e imaginar que está tudo bem porque quase nada tem valor...
Quase tudo vale nada, só tu vales tudo meu amor...
Até a minha própria vida...
Vales qualquer uma ferida...

Sem comentários:

Enviar um comentário