quarta-feira, novembro 28, 2012

Miséria... Sem ti...

Está tudo morto entre nós
E os cadáveres caem ainda,
É vil este mundo atroz
E pisando vísceras a sós
Este terror aqui não finda;

Cheira a lágrimas nesta rua
Tantas que já se distingue o odor,
É a tristeza pintada nua
Em todo o corpo que não flutua
Para lá dos horizontes da dor;

Não há astro que ilumine este céu
Nesta noite de agonia e amargura,
Um quotidiano com fúnebre véu
Da cegueira da sorte eu sou um réu
Longe de ti sinto o bafejar da loucura...
Que me arrepia de morte, e a dor já perdura...

A cada aurora fraquejo tanto,
Desnutrido do teu encanto...

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