Porque não é pregada a morte
Porque não abafa o medo
Porque não é calculada a sorte
Porque o povo dorme cedo
Prega o Messias inaudível
Prega a ordem e a pureza
Prega a utopia incrível
A genialidade da beleza
A harmonia de existir
Que a escumalha teima em não querer
Apenas cedo ir dormir
Pensando acordados no mais sujo do prazer
Na momentaneidade do que é carnal
Vivem no mundo dos sonhos profanos
Alheios à vontade tão essencial
De uma evolução que leva anos
Numa euforia que parece eterna
Na satisfação de um ópio imundo
No Messias inaudível a frustração governa
Lacrimeja a vontade de mudar o mundo
Obsoleto o que tem beleza
Esquecido o que desperta a emoção
E surge então a incerteza
Mereceis tamanha indignação?
Indiferentes à putrescência do vosso coração?
E o que falta é apenas a vontade e não a lei
E na minha humildade e bondade isto sempre direi
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