domingo, setembro 09, 2012

Messias Inaudível

Porque não é pregada a morte
Porque não abafa o medo
Porque não é calculada a sorte
Porque o povo dorme cedo

Prega o Messias inaudível
Prega a ordem e a pureza
Prega a utopia incrível
A genialidade da beleza

A harmonia de existir
Que a escumalha teima em não querer
Apenas cedo ir dormir
Pensando acordados no mais sujo do prazer

Na momentaneidade do que é carnal
Vivem no mundo dos sonhos profanos
Alheios à vontade tão essencial
De uma evolução que leva anos

Numa euforia que parece eterna
Na satisfação de um ópio imundo
No Messias inaudível a frustração governa
Lacrimeja a vontade de mudar o mundo

Obsoleto o que tem beleza
Esquecido o que desperta a emoção
E surge então a incerteza
Mereceis tamanha indignação?
Indiferentes à putrescência do vosso coração?

E o que falta é apenas a vontade e não a lei
E na minha humildade e bondade isto sempre direi

Sem comentários:

Enviar um comentário