sábado, junho 11, 2011

Sono

Sono

Em simbiose dormindo
Debaixo da asa da melancolia,
Toda a santa noite
Todo o santo dia;

Arrasto o corpo no quotidiano
Como um cadáver que vive,
Sinto-me a boiar num oceano
Mas tão em Terra nunca estive;

E as pálpebras a pesar
A não querer enfrentar o dia,
Em simbiose a dormitar
Debaixo da asa da melancolia;

A viver porque tem de ser
Procurando plenitude,
Em sofrimento e efémero prazer
Assim o mundo em negritude;

Invejo os pássaros que cantam
Fazendo assim face ao dia,
Batendo as asas em liberdade
E eu debaixo da asa da melancolia.

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