sexta-feira, abril 15, 2011

Envelhecer

Envelhecer

Para escrever este poema:

Invoco o frio e o vento
Invoco o álcool que destrói,
Desinibidor do atrevimento,
Invoco o envelhecer que mata e mói.

O poema:

Que há para celebrar?
16ª volta ao sol desde mim,
Legalmente álcool comprar,
Felicidade mas não tão assim.

Esta nação não me alegra nada
Cheiro a putrefacção da mesma,
A sua recuperação um conto de fadas
E neste mundo sou mais uma lesma.

Lesma que deixa no mundo ranho
Não o suficiente para causar mossa,
(Mas em conjunto)
Destruindo um pouco do mundo que tenho,
Mundo que no limite já roça.

Querem me dar uma prenda?
Destruam o mundo de uma vez!
Ou recuperem-no e sejam lenda.

Vejo a sociedade perecer,
Vejo a cultura apodrecer,
Vejo a natureza morrer,
Vejo-me a envelhecer.

Ainda há algo para celebrar?
Um adolescente consumido pelo ódio!
Que outrora foi uma criança a jubilar!
Lesma em que deitam cloreto de sódio!

Só espero rir no fim..
Desta 16ª volta ao sol depois de mim.

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