Um Sol digno para todos!
Para um povo fraterno,
Que rejubilará iluminado
Enquanto os peixes gordos,
Podres num pelourinho eterno,
A plebe exibe prostrados!
Os patrícios derrotados!
O povo unido é mais forte!
Cada indivíduo é em si valor,
Tomando a luta em suas mãos,
Dando memória à sua morte
Erguendo-se destemido lutador
Por uma causa todos irmãos!
Dando voz a todos os nãos!
Sem deuses, sem déspotas!
Sem santos, sem tiranos!
Luta de classes pela justiça
Não mais tachos, não mais putas!
Unida vontade dos seres humanos!
Fim de burguesias e da cobiça!
Bandeira vermelha que se iça!
Reacção atrás de tanques
Esmagada como pragas!
Pela mais forte classe social
Em igualdade nos palanques,
Assistindo à luta das adagas
Chamada jogo do capital
Que morre por dentro em corrosão
Restaura-se a soberania da nação!
Pela via da Revolução!
Ditadura do proletariado!
Poder na vontade popular!
Não mais subjugação ao mercado!
Um grito que ninguém pode calar!
Lírica vermelha, social, conflituosa, introspectiva, preocupada, livre, patriótica, agressiva, gritada, dolorosa e apaixonadamente manufacturada.
sexta-feira, maio 02, 2014
sexta-feira, abril 25, 2014
25 de Abril, sempre!
Camaradas, meus irmãos!
A luta pela nação,
Tomemos em nossas mãos
Sintamos o poder da revolução!
Façamos abanar o chão!
Os alicerces do capitalismo
São as masmorras do povo,
Caminhemos rumo ao socialismo
Que as grilhetas se dissolvam de novo,
E jamais seremos Moscovo!
O povo é quem mais ordena!
E unido jamais será vencido!
Palavras de ordem contra a burguesia obscena
25 de Abril jamais será esquecido
Há de renascer o que julgam estar destruído!
E os detentores do grande capital
Hão de pagar pelos seus actos,
Por tentarem apodrecer o nosso Portugal
Hipócritas celebram entre bens inatos
O dia do povo e não dos baronatos!
Porque Abril é o nosso mês!
O 25 de Novembro e a reacção,
Festeja pela calada o porco burguês
Enquanto se reacende a chama da revolução
Pela soberania da nossa nação!
Sinta-se a Intifada à portuguesa
Contra a liberdade de cacetete,
Perpetrada pela direita realeza,
Atira migalhas aos que lhe estendem a carpete
A Esquerda está aí, contra a miséria que se reflecte!
Contra uma impiedosa elite,
Sustentada na mentira velha e senil
Marcharemos fortes e que se grite!
Pois nós somos bem mais que mil!
A viver e a lutar, sempre por Abril!
Abril! Abril! Abril! Avante Camaradas! Avante!
Que brotem de novo os Cravos!
Pois não seremos mais escravos!
25 de Abril, sempre!
A luta pela nação,
Tomemos em nossas mãos
Sintamos o poder da revolução!
Façamos abanar o chão!
Os alicerces do capitalismo
São as masmorras do povo,
Caminhemos rumo ao socialismo
Que as grilhetas se dissolvam de novo,
E jamais seremos Moscovo!
O povo é quem mais ordena!
E unido jamais será vencido!
Palavras de ordem contra a burguesia obscena
25 de Abril jamais será esquecido
Há de renascer o que julgam estar destruído!
E os detentores do grande capital
Hão de pagar pelos seus actos,
Por tentarem apodrecer o nosso Portugal
Hipócritas celebram entre bens inatos
O dia do povo e não dos baronatos!
Porque Abril é o nosso mês!
O 25 de Novembro e a reacção,
Festeja pela calada o porco burguês
Enquanto se reacende a chama da revolução
Pela soberania da nossa nação!
Sinta-se a Intifada à portuguesa
Contra a liberdade de cacetete,
Perpetrada pela direita realeza,
Atira migalhas aos que lhe estendem a carpete
A Esquerda está aí, contra a miséria que se reflecte!
Contra uma impiedosa elite,
Sustentada na mentira velha e senil
Marcharemos fortes e que se grite!
Pois nós somos bem mais que mil!
A viver e a lutar, sempre por Abril!
Abril! Abril! Abril! Avante Camaradas! Avante!
Que brotem de novo os Cravos!
Pois não seremos mais escravos!
25 de Abril, sempre!
sexta-feira, março 21, 2014
Concluir é errar
Morte aos filósofos que chegam a conclusões!
Todos os magníficos filósofos
Que falam de verdades certas,
São leitores de inéditos hieróglifos
São perversas bruxas libertas
Deviam ser enforcados!
E se já defuntos são
Que seja o esqueleto pendurado
Como num pelouro em tamanha humilhação,
Se cremados,
Que se regurgite sobre as cinzas
Sobre os falsos achados,
Se o paradeiro dos resíduos é desconhecido
Pois que se repudie o espírito,
Desconhecido é o que julgam ter resolvido
Em lógica e experiência mundana sobre a qual tirito...
A sua obra não é categorizada como feitiçaria
Mas se alucinamos, a verdade é inalcançável
E esses filósofos que chegam ao inquestionável
São pois meros comuns que só escrevem porcaria!
Concluir é errar
Concluir é defecar!
E adormecendo todos os sentidos e todas as "razões",
Morte aos filósofos que chegam a conclusões!
Todos os magníficos filósofos
Que falam de verdades certas,
São leitores de inéditos hieróglifos
São perversas bruxas libertas
Deviam ser enforcados!
E se já defuntos são
Que seja o esqueleto pendurado
Como num pelouro em tamanha humilhação,
Se cremados,
Que se regurgite sobre as cinzas
Sobre os falsos achados,
Se o paradeiro dos resíduos é desconhecido
Pois que se repudie o espírito,
Desconhecido é o que julgam ter resolvido
Em lógica e experiência mundana sobre a qual tirito...
A sua obra não é categorizada como feitiçaria
Mas se alucinamos, a verdade é inalcançável
E esses filósofos que chegam ao inquestionável
São pois meros comuns que só escrevem porcaria!
Concluir é errar
Concluir é defecar!
E adormecendo todos os sentidos e todas as "razões",
Morte aos filósofos que chegam a conclusões!
segunda-feira, março 03, 2014
O que Há em mim é Apenas Cansaço
O que há em mim é apenas cansaço
Fartura, abundância do que não quero,
Nem sequer deixo de oxidar após me fingir de aço:
Cansaço assim mesmo, sentimento mais sincero,
E desolação.
O meu subtil sangue esse, é uma inútil árvore,
Derrubada por uma violenta empresa malaia,
O meu peito, um jazigo intenso de mármore,
Esse mármore frio, todo
Esse, cujo peso faz-me afundar eternamente nesta catraia;
Tanto cansativo remar para nada,
Em direcção a lado nenhum,
Nenhum.
Há sem dúvida a certeza de que veio para ficar,
Há sem dúvida a certeza,
De que sem dúvida tudo é uma incerteza -
E nesta incerteza, há a certeza de que sinto tristeza,
E que veio para ficar, e eu não quero nada disso:
Porque eu não quero que permaneça esta agonia atroz,
Porque eu não quero a certeza de que vou ficar preso neste gélido resquício
Porque eu não quero que apenas a triste incerteza ocupe o lugar da minha voz
Ou até que exista apenas nós... Eu e mais eu...
E o resultado?
Para mim, só uma doença que corrói tipo gangrena
A bíblica indiferença...
Ença... Ença... Ensa...
Inerte irrequietação e a cabeça que só pensa,
Cansaço.
E a leviatã indiferença.
Dominique Martinho, Supra-Álvaro de Campos
Fartura, abundância do que não quero,
Nem sequer deixo de oxidar após me fingir de aço:
Cansaço assim mesmo, sentimento mais sincero,
E desolação.
O meu subtil sangue esse, é uma inútil árvore,
Derrubada por uma violenta empresa malaia,
O meu peito, um jazigo intenso de mármore,
Esse mármore frio, todo
Esse, cujo peso faz-me afundar eternamente nesta catraia;
Tanto cansativo remar para nada,
Em direcção a lado nenhum,
Nenhum.
Há sem dúvida a certeza de que veio para ficar,
Há sem dúvida a certeza,
De que sem dúvida tudo é uma incerteza -
E nesta incerteza, há a certeza de que sinto tristeza,
E que veio para ficar, e eu não quero nada disso:
Porque eu não quero que permaneça esta agonia atroz,
Porque eu não quero a certeza de que vou ficar preso neste gélido resquício
Porque eu não quero que apenas a triste incerteza ocupe o lugar da minha voz
Ou até que exista apenas nós... Eu e mais eu...
E o resultado?
Para mim, só uma doença que corrói tipo gangrena
A bíblica indiferença...
Ença... Ença... Ensa...
Inerte irrequietação e a cabeça que só pensa,
Cansaço.
E a leviatã indiferença.
Dominique Martinho, Supra-Álvaro de Campos
terça-feira, fevereiro 25, 2014
A Liberdade Triunfante
Escravos da dívida sem voz
Pesado cajado populista,
Orgulhosa transparência atroz,
Discreção doce, máscara socialista!
Judiarias e outras agiotas
Que calado o povo consome,
Respeita-se o zionismo de idiotas
Que lamenta narigudo o pogrom,
Viva a democracia pluripartidária!
Num rotativismo sem igual
Há campanha mas é acessória,
União Social-Democrata: "Vamos Foder Portugal!"
Poder na rua é um nojo,
Se isso é democracia, viva o regime ditadorial!
A caneta anda de rojo,
Já sem vontade eleitoral!
Abster na ignorância,
E ser peixe pequeno nas malhas do capital,
Ora despedido, ora contratado...
Um sonho cobiçado a nível mundial!
E numa colonização moderna,
Onde uma anónima massa enriquece,
Sob o nome de ajuda externa,
A alma de poucos enlouquece
Na vagarosa dispersão do nevoeiro,
Que com a mão esquerda afastamos
Entre bordô e dourado traiçoeiro,
Fervorosos da luta de classes estamos
Mas entre tanto "clube" e organização
A esperança nos extremos-esquerdinos,
Vê-se distante e sem dimensão,
A pátria morre e já os fúnebres sinos,
Declaram morto o estado-providência
Tocando uma derrotista marcha incessante
Para que os carros topo de gama,
Distribuídos por quem engenhosamente gama,
(Como outrora carroça barroca galopante)
Encenem o poder de alguma eminência,
E assim nos orgulhemos da Liberdade Triunfante!
Pesado cajado populista,
Orgulhosa transparência atroz,
Discreção doce, máscara socialista!
Judiarias e outras agiotas
Que calado o povo consome,
Respeita-se o zionismo de idiotas
Que lamenta narigudo o pogrom,
Viva a democracia pluripartidária!
Num rotativismo sem igual
Há campanha mas é acessória,
União Social-Democrata: "Vamos Foder Portugal!"
Poder na rua é um nojo,
Se isso é democracia, viva o regime ditadorial!
A caneta anda de rojo,
Já sem vontade eleitoral!
Abster na ignorância,
E ser peixe pequeno nas malhas do capital,
Ora despedido, ora contratado...
Um sonho cobiçado a nível mundial!
E numa colonização moderna,
Onde uma anónima massa enriquece,
Sob o nome de ajuda externa,
A alma de poucos enlouquece
Na vagarosa dispersão do nevoeiro,
Que com a mão esquerda afastamos
Entre bordô e dourado traiçoeiro,
Fervorosos da luta de classes estamos
Mas entre tanto "clube" e organização
A esperança nos extremos-esquerdinos,
Vê-se distante e sem dimensão,
A pátria morre e já os fúnebres sinos,
Declaram morto o estado-providência
Tocando uma derrotista marcha incessante
Para que os carros topo de gama,
Distribuídos por quem engenhosamente gama,
(Como outrora carroça barroca galopante)
Encenem o poder de alguma eminência,
E assim nos orgulhemos da Liberdade Triunfante!
segunda-feira, fevereiro 03, 2014
O Personagem
É tudo monótono
Monocórdico,
Monocromático,
O meu monólogo
Um discurso cinzento,
Sinto-me traído
Pelo descanso,
Que engana os sentidos,
E é tudo uma ilusão
Tanto tempo para acordar
Já acordei.
Não.
Não há maneira de isto ficar bem
É uma coisa hedionda,
Cheira mal, repugna,
Dá asco!
A besta mais suja vomita
A humanidade é o réu e o carrasco.
Acredita em tanta coisa, e em nada acredita.
Ninguém vale nada!
Eu não valho nada!
Recebi isto como uma chapada!
Interpreto a vida como um castigo!
E eu já não sei se consigo...
Enganar-me mais.
Sou um cínico de um mentiroso!
Sou um mentiroso de um aldrabão!
Um aldrabão de um falso!
Caminho fétido, trôpego e descalço
Nesta calçada patriota,
Cheia de agulhas e vidros de garrafas de vinho do porto!
Vinho alentejano
E aguardente da Lourinhã.
É a social-democracia...
A social-democracia é uma merda!
O capitalismo é uma merda!
A direita é uma merda!
O centro é uma merda!
A esquerda é uma merda!
A extrema-esquerda satisfaz...
Lá com uns vestigiozinhos de fezes.
Mas o liberalismo é uma merda! Neo, clássico, libertino, tenho raiva, odeio, e BAM! Morra!
O barulho urbano é uma merda!
É tudo uma merda
E até o que não é uma merda cheira mal!
É uma massa intensa e pesada
Constituída por matéria fecal,
É uma visão, um cenário para o qual acordo sem vontade
É o quotidiano, é a merda de mentira
Que vivemos todos os dias!
E longe do que é límpido e cristalino
Sinto-me mal, sinto ódio,
O pessimismo corrói a minha alma de cristal
O cristal não vale nada!
A minha alma não vale nada!
Vou vendendo-a às pecinhas...
Sou como um péssimo último modelo dos anos 90
E sou mandado para o abate por auto-determinação.
E nem para o abate tenho coragem de ir!
Porque cheira horrivelmente mal
É horroroso!
O abate é uma merda!
O abate é o capitalismo
E todos sabemos o que é que o capitalismo é!
Mesmo que o defendam! Pretendentes de parasita!
É vender os membros e o espírito à produção desumana
E até mesmo a produção desumana mascara-se de luxo!
E convence-me de que preciso de merecer a vida
Quando eu não escolhi porra nenhuma!
E o teu Deus é uma merda!
E o teu Deus quer-te na merda!
O teu Deus odeia-te mais do que aquilo que eu te odeio
E quantas coisas mais eu odeio, porque sim!
Numa embriaguez de ódio.
O teu Deus quer-te mal e foste tu que o criaste
E deste-lhe um tapete numa benção,
E cumprimentaste-o alegremente numa eucaristia
E Deus tratou-te com o cúmulo da misantropia.
E... E... E! E!
E está tudo arruinado agora!
É ruínas fumarentas por toda a parte...
Ruínas de merda!
Só cansam o olhar!
Pior que as ruínas desta nação em obras embargadas
Só a televisão com os seus prémios falsos!
Com o seu evangelho subliminar a sublimar a tua identidade
A tua identidade que é uma merda, e não vale nada!
E eu odeio-te, mas nem te conheço!
E mesmo assim odeio-te menos do que os que te conhecem ou os que dizem que querem o melhor para ti!
E eu odeio-te bastante, porque és incapaz de enlouquecer.
Tu não mereces nem o que conquistas, nem o que te enfiam na boca contra a tua vontade!
Porque tu não cometes o crime do raciocínio
E eu sou um delinquente despercebido,
E já cansa observar esta alucinação através destes olhos
Já cansa interpretar esta aparente realidade,
Que mais pode não ser que uma mentira
E só me resta fechar os olhos e adormecer...
Ir para onde a ferida que estimulo orgulhosamente
Num jeito sádico e de amor ao ódio,
Cala, e onde o meu pensamento pode calar
E onde o meu monólogo negro pode acabar,
Pois já nem sinto sofrimento nem desespero...
Sento-me neste trono contemplativo, numa contemplação doentia
E só tenho ódio, ira autêntica, e uma ideia inédita e voraz,
De que tudo é uma merda!
Onde quer que a paixão não tenha residência.
E então eu sou o personagem,
O personagem de merda,
A quem a sinceridade cortou as cordas vocais.
Recebo a vida como um castigo,
E eu já não sei se consigo...
Enganar-me mais.
Monocórdico,
Monocromático,
O meu monólogo
Um discurso cinzento,
Sinto-me traído
Pelo descanso,
Que engana os sentidos,
E é tudo uma ilusão
Tanto tempo para acordar
Já acordei.
Não.
Não há maneira de isto ficar bem
É uma coisa hedionda,
Cheira mal, repugna,
Dá asco!
A besta mais suja vomita
A humanidade é o réu e o carrasco.
Acredita em tanta coisa, e em nada acredita.
Ninguém vale nada!
Eu não valho nada!
Recebi isto como uma chapada!
Interpreto a vida como um castigo!
E eu já não sei se consigo...
Enganar-me mais.
Sou um cínico de um mentiroso!
Sou um mentiroso de um aldrabão!
Um aldrabão de um falso!
Caminho fétido, trôpego e descalço
Nesta calçada patriota,
Cheia de agulhas e vidros de garrafas de vinho do porto!
Vinho alentejano
E aguardente da Lourinhã.
É a social-democracia...
A social-democracia é uma merda!
O capitalismo é uma merda!
A direita é uma merda!
O centro é uma merda!
A esquerda é uma merda!
A extrema-esquerda satisfaz...
Lá com uns vestigiozinhos de fezes.
Mas o liberalismo é uma merda! Neo, clássico, libertino, tenho raiva, odeio, e BAM! Morra!
O barulho urbano é uma merda!
É tudo uma merda
E até o que não é uma merda cheira mal!
É uma massa intensa e pesada
Constituída por matéria fecal,
É uma visão, um cenário para o qual acordo sem vontade
É o quotidiano, é a merda de mentira
Que vivemos todos os dias!
E longe do que é límpido e cristalino
Sinto-me mal, sinto ódio,
O pessimismo corrói a minha alma de cristal
O cristal não vale nada!
A minha alma não vale nada!
Vou vendendo-a às pecinhas...
Sou como um péssimo último modelo dos anos 90
E sou mandado para o abate por auto-determinação.
E nem para o abate tenho coragem de ir!
Porque cheira horrivelmente mal
É horroroso!
O abate é uma merda!
O abate é o capitalismo
E todos sabemos o que é que o capitalismo é!
Mesmo que o defendam! Pretendentes de parasita!
É vender os membros e o espírito à produção desumana
E até mesmo a produção desumana mascara-se de luxo!
E convence-me de que preciso de merecer a vida
Quando eu não escolhi porra nenhuma!
E o teu Deus é uma merda!
E o teu Deus quer-te na merda!
O teu Deus odeia-te mais do que aquilo que eu te odeio
E quantas coisas mais eu odeio, porque sim!
Numa embriaguez de ódio.
O teu Deus quer-te mal e foste tu que o criaste
E deste-lhe um tapete numa benção,
E cumprimentaste-o alegremente numa eucaristia
E Deus tratou-te com o cúmulo da misantropia.
E... E... E! E!
E está tudo arruinado agora!
É ruínas fumarentas por toda a parte...
Ruínas de merda!
Só cansam o olhar!
Pior que as ruínas desta nação em obras embargadas
Só a televisão com os seus prémios falsos!
Com o seu evangelho subliminar a sublimar a tua identidade
A tua identidade que é uma merda, e não vale nada!
E eu odeio-te, mas nem te conheço!
E mesmo assim odeio-te menos do que os que te conhecem ou os que dizem que querem o melhor para ti!
E eu odeio-te bastante, porque és incapaz de enlouquecer.
Tu não mereces nem o que conquistas, nem o que te enfiam na boca contra a tua vontade!
Porque tu não cometes o crime do raciocínio
E eu sou um delinquente despercebido,
E já cansa observar esta alucinação através destes olhos
Já cansa interpretar esta aparente realidade,
Que mais pode não ser que uma mentira
E só me resta fechar os olhos e adormecer...
Ir para onde a ferida que estimulo orgulhosamente
Num jeito sádico e de amor ao ódio,
Cala, e onde o meu pensamento pode calar
E onde o meu monólogo negro pode acabar,
Pois já nem sinto sofrimento nem desespero...
Sento-me neste trono contemplativo, numa contemplação doentia
E só tenho ódio, ira autêntica, e uma ideia inédita e voraz,
De que tudo é uma merda!
Onde quer que a paixão não tenha residência.
E então eu sou o personagem,
O personagem de merda,
A quem a sinceridade cortou as cordas vocais.
Recebo a vida como um castigo,
E eu já não sei se consigo...
Enganar-me mais.
terça-feira, janeiro 07, 2014
A Razão Morreu
Usei a razão para descobrir
Que sou essencialmente irracional
E vão puxando sem sucumbir
A carroça que tombou, o cavalo emocional
E o cavalo do que é físico e corpóreo
E cada vez aceito com maior agressividade
Que o que outrora era complexo, é agora acessório
E mais me pesa no espírito, a ainda tenra idade
E a culpa é minha, absolutamente minha
Que me atrevi a raciocinar
Num mundo em que sou um ponto numa linha
Até ao dia em que a morte me venha buscar
Fragmento-me em dois, o eu social
Com todas as características que não interessam
E o eu despedeçado como um vidro numa catedral
Marginalizada por todos os que se atravessam
No meu intenso e alucinante sonhar
A razão deixou de ser para mim pragmática
Mas quanto mais se pensa, mais se quer pensar
A máquina é programada com mais complexa matemática
Mais intensa, mais exaustiva, mais, mais, mais...
Tchuff, zás! Sons electrónicos, sobreaquece errática
Ai, se alguma vez julgaram meus pais
Que o seu progénito teria na sua alma tamanho estigma
Como tirado de catacumbas da antiguidade
É tudo em mim um fervoroso enigma
Tanto quis ser humano que larguei a minha humanidade
Amo a minha pátria e o meu povo
Amo a distante justiça e a igualdade
E ainda nos meus 18, sinto-me velho mas sou tão novo
E já questiono o valor de tudo isso
Eu nem culpo o azar ou a sorte
Tenho medo, rio disso, e estou submisso
Tal é o horror que tenho que às vezes perco o Norte
Não fossem umas asas de anjo me acolherem
E a minha vida não teria linha de história mas um corte
E quanto mais vejo todos os Deuses a morrerem
Mais eu temo o mundo e temo a morte...
Que sou essencialmente irracional
E vão puxando sem sucumbir
A carroça que tombou, o cavalo emocional
E o cavalo do que é físico e corpóreo
E cada vez aceito com maior agressividade
Que o que outrora era complexo, é agora acessório
E mais me pesa no espírito, a ainda tenra idade
E a culpa é minha, absolutamente minha
Que me atrevi a raciocinar
Num mundo em que sou um ponto numa linha
Até ao dia em que a morte me venha buscar
Fragmento-me em dois, o eu social
Com todas as características que não interessam
E o eu despedeçado como um vidro numa catedral
Marginalizada por todos os que se atravessam
No meu intenso e alucinante sonhar
A razão deixou de ser para mim pragmática
Mas quanto mais se pensa, mais se quer pensar
A máquina é programada com mais complexa matemática
Mais intensa, mais exaustiva, mais, mais, mais...
Tchuff, zás! Sons electrónicos, sobreaquece errática
Ai, se alguma vez julgaram meus pais
Que o seu progénito teria na sua alma tamanho estigma
Como tirado de catacumbas da antiguidade
É tudo em mim um fervoroso enigma
Tanto quis ser humano que larguei a minha humanidade
Amo a minha pátria e o meu povo
Amo a distante justiça e a igualdade
E ainda nos meus 18, sinto-me velho mas sou tão novo
E já questiono o valor de tudo isso
Eu nem culpo o azar ou a sorte
Tenho medo, rio disso, e estou submisso
Tal é o horror que tenho que às vezes perco o Norte
Não fossem umas asas de anjo me acolherem
E a minha vida não teria linha de história mas um corte
E quanto mais vejo todos os Deuses a morrerem
Mais eu temo o mundo e temo a morte...
quinta-feira, janeiro 02, 2014
Terceto da Coesão Social
Pobre e desolado é o homem
Que perante um mundo variado e vivo, o despreza e destrói encadeado na perdição do digital.
E a maioria de nós é esse homem.
Que perante um mundo variado e vivo, o despreza e destrói encadeado na perdição do digital.
E a maioria de nós é esse homem.
quarta-feira, novembro 27, 2013
Verdadeira Mentira, O Grande Delírio
Inalienavelmente verdade, a grande verdade
Estrutura óssea é esqueleto, maquinal de aço,
O diabo cuspiu mentiras lindas, e choveu na cidade
Mas a bondade reina, no mais hediondo terraço,
O capitalismo, o caminho, unha e carne com o progresso
Existem factos, totalmente, inquestionáveis,
A dúvida é a gruta mais fria a que tenho acesso
Tecelagem, novo sorriso, elites de plástico amáveis.
A guerra é providencial para o bem-estar
PIB, PIB per capita, poder de compra, IDH,
Com a indústria de armamento, que se foda amar
Dinheiro, novidade, maior controlo de massas não há!
É a tecnologia o progresso, a ciência o caminho!
Revelada em flatulências, como pura distracção
BIP BIP! BIP BIP! Vroom! Dzzzt! Zás! De volta ao ninho!
Finda o período laboral, e não há tempo para a sensação.
Geração digital, actualizar, pedido de ajuda dissimulado,
O orgulho, cala o grito, fecho-me nesta jaula de ser quem sou
Revolução, bandeira vermelha, leve, leve, estou cansado,
Irónico, sarcástico, até zangado, com o louco que ousou
Sou peão, o meu vizinho é peão, odeio quem não o é!
Porque este óleo, na minha estrutura, é um raio de uma droga
Mas sou homem de virtudes, acredito que tenho fé!
Num insatisfatório capital que sadicamente me afoga.
Jamais de pé me irás ver!
A lei não deixa,
Num livro difícil de compreender
Em tons dourados e de ameixa.
Submisso, cresço estúpido, instruo-me idiota, trabalho palerma, morro otário!
Apodreço infeliz na vastidão de um obituário.
Estes elementos que nos unem estão mesmo aqui?
Acredita que sim, porque assim o li...
Textos extensos, fizeram-se teses com fontes...
Fontes que tinham fontes aos montes...
Fontes essas já sem fundamento...
Mas está feito o trabalho...
Bem, bem, bem...
Escasseamos em alimento...
Não temos tomates, vendemos a dignidade a retalho
Mandam-te subir o cordão umbilical, de volta para o ventre da mãe.
A verdadeira mentira, é de que há verdade!
Vejamos, corrupção na caridade,
E crença nos partidos do ódio
Eleva-se a mais ilustre estupidez ao pódio,
Democracia = Arte Circense
Bicarbonato de sódio!
Fermenta a morte da minha esperança...
E por mais que pense
Só me sinto criança,
Uma infantil bondade
Envenenada num doloroso vislumbre da obra da humanidade!
É tudo uma mentira...
Crença, descrença...
Só se vê a diferença
Mergulhado na ilusão imensa
E já está na minha mira
E já instalei o telescópio
A fragmentação em dois
Devido ao lixo orgânico "vivo", pois
Delirantes no mais imaginativo ópio
Vomitariam perante as declarações triunfais
Que destrunfariam todas as mãos e levariam à indignação
São trufas quando pensavam ser cogumelos
São blasfemos profanos heréticos, quando pensavam ser singelos
Porque esfregaram-se frenéticamente sob a maior benção
Porque viram avanço social na égide do interesse
Porque esperavam ao deglutir a hóstia que nada vos doesse
Porque julgam existir.
E há aquele rumo inflamatório de pensamento
Que é negro e ninguém quer uma lanterna
Antes ignorante e desatento
Antes a ofuscação eterna
Bombardeamento da possibilidade
Foge, acredita que existes, és alguém
Sacode o fumo que emana da tua identidade
Silencia a hipótese de que não és ninguém
O mundo é tal e qual como diz a tua percepção,
Ainda que nada assegure que não passas de uma imaginação.
Eu digo que é tudo mentira, mais um dia,
É endeusamento do fútil com laivos de misantropia.
Estrutura óssea é esqueleto, maquinal de aço,
O diabo cuspiu mentiras lindas, e choveu na cidade
Mas a bondade reina, no mais hediondo terraço,
O capitalismo, o caminho, unha e carne com o progresso
Existem factos, totalmente, inquestionáveis,
A dúvida é a gruta mais fria a que tenho acesso
Tecelagem, novo sorriso, elites de plástico amáveis.
A guerra é providencial para o bem-estar
PIB, PIB per capita, poder de compra, IDH,
Com a indústria de armamento, que se foda amar
Dinheiro, novidade, maior controlo de massas não há!
É a tecnologia o progresso, a ciência o caminho!
Revelada em flatulências, como pura distracção
BIP BIP! BIP BIP! Vroom! Dzzzt! Zás! De volta ao ninho!
Finda o período laboral, e não há tempo para a sensação.
Geração digital, actualizar, pedido de ajuda dissimulado,
O orgulho, cala o grito, fecho-me nesta jaula de ser quem sou
Revolução, bandeira vermelha, leve, leve, estou cansado,
Irónico, sarcástico, até zangado, com o louco que ousou
Sou peão, o meu vizinho é peão, odeio quem não o é!
Porque este óleo, na minha estrutura, é um raio de uma droga
Mas sou homem de virtudes, acredito que tenho fé!
Num insatisfatório capital que sadicamente me afoga.
Jamais de pé me irás ver!
A lei não deixa,
Num livro difícil de compreender
Em tons dourados e de ameixa.
Submisso, cresço estúpido, instruo-me idiota, trabalho palerma, morro otário!
Apodreço infeliz na vastidão de um obituário.
Estes elementos que nos unem estão mesmo aqui?
Acredita que sim, porque assim o li...
Textos extensos, fizeram-se teses com fontes...
Fontes que tinham fontes aos montes...
Fontes essas já sem fundamento...
Mas está feito o trabalho...
Bem, bem, bem...
Escasseamos em alimento...
Não temos tomates, vendemos a dignidade a retalho
Mandam-te subir o cordão umbilical, de volta para o ventre da mãe.
A verdadeira mentira, é de que há verdade!
Vejamos, corrupção na caridade,
E crença nos partidos do ódio
Eleva-se a mais ilustre estupidez ao pódio,
Democracia = Arte Circense
Bicarbonato de sódio!
Fermenta a morte da minha esperança...
E por mais que pense
Só me sinto criança,
Uma infantil bondade
Envenenada num doloroso vislumbre da obra da humanidade!
É tudo uma mentira...
Crença, descrença...
Só se vê a diferença
Mergulhado na ilusão imensa
E já está na minha mira
E já instalei o telescópio
A fragmentação em dois
Devido ao lixo orgânico "vivo", pois
Delirantes no mais imaginativo ópio
Vomitariam perante as declarações triunfais
Que destrunfariam todas as mãos e levariam à indignação
São trufas quando pensavam ser cogumelos
São blasfemos profanos heréticos, quando pensavam ser singelos
Porque esfregaram-se frenéticamente sob a maior benção
Porque viram avanço social na égide do interesse
Porque esperavam ao deglutir a hóstia que nada vos doesse
Porque julgam existir.
E há aquele rumo inflamatório de pensamento
Que é negro e ninguém quer uma lanterna
Antes ignorante e desatento
Antes a ofuscação eterna
Bombardeamento da possibilidade
Foge, acredita que existes, és alguém
Sacode o fumo que emana da tua identidade
Silencia a hipótese de que não és ninguém
O mundo é tal e qual como diz a tua percepção,
Ainda que nada assegure que não passas de uma imaginação.
Eu digo que é tudo mentira, mais um dia,
É endeusamento do fútil com laivos de misantropia.
sexta-feira, novembro 01, 2013
Ensino Democrático
Prepara-se na escola
Como num auto de fé,
Um inferno de esmola
Uma escravatura até,
Em que mesmo para obter
O título de escravo,
É preciso tamanho sofrer
Pagando cada centavo,
Uma avaliação constante
Competir, ser o melhor,
Secundarizar o aprender
É PRECISO SOFRER!
Para alguém poder "ser"
Coisa alguma,
Mesmo não deixando de ser!
Coisa nenhuma.
É um terror injustificado
Sonhos são feitos migalhas
O injusto glorficado
Vêm-se desejos, alcançam-se acendalhas.
Somos um número sem valor!
E isso é tudo o que valemos,
Cospem-nos furiosos sem pudor
As únicas saídas que temos,
Empurrando-nos para um tapete rolante
Que chia com o seu rolar,
A que ninguém faz frente
Incessante e a filtrar,
A sociedade como maquinaria
E é uma excentricidade,
Olhar em demasia
Para a Hu-ma-ni-da-de!
O ambiente é ofegante, é de de peso,
Impingem o medo distanciando-nos com um "você" em tom de tirania
"Pode ficar para sempre aqui preso!"
Falam-nos como se nem houvesse democra...
Sabem que mais, esqueçam...
Democracia tem pássaros cantando à sua volta
Democracia tem anjos que tocam majestosamente as suas harpas,
Democracia tem um riacho onde dançam lindas carpas
A democracia tem até santos liderando a sua escolta.
Pois eu digo que se enxotem os pássaros!
Que se enforquem os anjos!
Que se assem as carpas!
E que se exterminem os santos!
Democracia é um conceito que aceitamos sem questionar!
Quem é a "demo" e onde fica a "cracia"?
E para podermos algo mudar!
Só mesmo esperar o dia
Em que alteremos a nossa limitada e estúpida maneira de pensar!
Democracia é: UM TRONO DE MADEIRA APODRECIDA! É O QUE É!
Como num auto de fé,
Um inferno de esmola
Uma escravatura até,
Em que mesmo para obter
O título de escravo,
É preciso tamanho sofrer
Pagando cada centavo,
Uma avaliação constante
Competir, ser o melhor,
Secundarizar o aprender
É PRECISO SOFRER!
Para alguém poder "ser"
Coisa alguma,
Mesmo não deixando de ser!
Coisa nenhuma.
É um terror injustificado
Sonhos são feitos migalhas
O injusto glorficado
Vêm-se desejos, alcançam-se acendalhas.
Somos um número sem valor!
E isso é tudo o que valemos,
Cospem-nos furiosos sem pudor
As únicas saídas que temos,
Empurrando-nos para um tapete rolante
Que chia com o seu rolar,
A que ninguém faz frente
Incessante e a filtrar,
A sociedade como maquinaria
E é uma excentricidade,
Olhar em demasia
Para a Hu-ma-ni-da-de!
O ambiente é ofegante, é de de peso,
Impingem o medo distanciando-nos com um "você" em tom de tirania
"Pode ficar para sempre aqui preso!"
Falam-nos como se nem houvesse democra...
Sabem que mais, esqueçam...
Democracia tem pássaros cantando à sua volta
Democracia tem anjos que tocam majestosamente as suas harpas,
Democracia tem um riacho onde dançam lindas carpas
A democracia tem até santos liderando a sua escolta.
Pois eu digo que se enxotem os pássaros!
Que se enforquem os anjos!
Que se assem as carpas!
E que se exterminem os santos!
Democracia é um conceito que aceitamos sem questionar!
Quem é a "demo" e onde fica a "cracia"?
E para podermos algo mudar!
Só mesmo esperar o dia
Em que alteremos a nossa limitada e estúpida maneira de pensar!
Democracia é: UM TRONO DE MADEIRA APODRECIDA! É O QUE É!
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