sexta-feira, maio 02, 2014

Luta de Classes

Um Sol digno para todos!
Para um povo fraterno,
Que rejubilará iluminado
Enquanto os peixes gordos,
Podres num pelourinho eterno,
A plebe exibe prostrados!
Os patrícios derrotados!

O povo unido é mais forte!
Cada indivíduo é em si valor,
Tomando a luta em suas mãos,
Dando memória à sua morte
Erguendo-se destemido lutador
Por uma causa todos irmãos!
Dando voz a todos os nãos!

Sem deuses, sem déspotas!
Sem santos, sem tiranos!
Luta de classes pela justiça
Não mais tachos, não mais putas!
Unida vontade dos seres humanos!
Fim de burguesias e da cobiça!
Bandeira vermelha que se iça!

Reacção atrás de tanques
Esmagada como pragas!
Pela mais forte classe social
Em igualdade nos palanques,
Assistindo à luta das adagas
Chamada jogo do capital
Que morre por dentro em corrosão
Restaura-se a soberania da nação!
Pela via da Revolução!

Ditadura do proletariado!
Poder na vontade popular!
Não mais subjugação ao mercado!
Um grito que ninguém pode calar!

sexta-feira, abril 25, 2014

25 de Abril, sempre!

Camaradas, meus irmãos!
A luta pela nação,
Tomemos em nossas mãos
Sintamos o poder da revolução!
Façamos abanar o chão!

Os alicerces do capitalismo
São as masmorras do povo,
Caminhemos rumo ao socialismo
Que as grilhetas se dissolvam de novo,
E jamais seremos Moscovo!

O povo é quem mais ordena!
E unido jamais será vencido!
Palavras de ordem contra a burguesia obscena
25 de Abril jamais será esquecido
Há de renascer o que julgam estar destruído!

E os detentores do grande capital
Hão de pagar pelos seus actos,
Por tentarem apodrecer o nosso Portugal
Hipócritas celebram entre bens inatos
O dia do povo e não dos baronatos!

Porque Abril é o nosso mês!
O 25 de Novembro e a reacção,
Festeja pela calada o porco burguês
Enquanto se reacende a chama da revolução
Pela soberania da nossa nação!

Sinta-se a Intifada à portuguesa
Contra a liberdade de cacetete,
Perpetrada pela direita realeza,
Atira migalhas aos que lhe estendem a carpete
A Esquerda está aí, contra a miséria que se reflecte!

Contra uma impiedosa elite,
Sustentada na mentira velha e senil
Marcharemos fortes e que se grite!
Pois nós somos bem mais que mil!
A viver e a lutar, sempre por Abril!
Abril! Abril! Abril! Avante Camaradas! Avante!
Que brotem de novo os Cravos!
Pois não seremos mais escravos!
25 de Abril, sempre!

sexta-feira, março 21, 2014

Concluir é errar

Morte aos filósofos que chegam a conclusões!
Todos os magníficos filósofos
Que falam de verdades certas,
São leitores de inéditos hieróglifos
São perversas bruxas libertas
Deviam ser enforcados!
E se já defuntos são
Que seja o esqueleto pendurado
Como num pelouro em tamanha humilhação,
Se cremados,
Que se regurgite sobre as cinzas
Sobre os falsos achados,
Se o paradeiro dos resíduos é desconhecido
Pois que se repudie o espírito,
Desconhecido é o que julgam ter resolvido
Em lógica e experiência mundana sobre a qual tirito...
A sua obra não é categorizada como feitiçaria
Mas se alucinamos, a verdade é inalcançável
E esses filósofos que chegam ao inquestionável
São pois meros comuns que só escrevem porcaria!
Concluir é errar
Concluir é defecar!
E adormecendo todos os sentidos e todas as "razões",
Morte aos filósofos que chegam a conclusões!

segunda-feira, março 03, 2014

O que Há em mim é Apenas Cansaço

O que há em mim é apenas cansaço
Fartura, abundância do que não quero,
Nem sequer deixo de oxidar após me fingir de aço:
Cansaço assim mesmo, sentimento mais sincero,
E desolação.

O meu subtil sangue esse, é uma inútil árvore,
Derrubada por uma violenta empresa malaia,
O meu peito, um jazigo intenso de mármore,
Esse mármore frio, todo
Esse, cujo peso faz-me afundar eternamente nesta catraia;
Tanto cansativo remar para nada,
Em direcção a lado nenhum,
Nenhum.

Há sem dúvida a certeza de que veio para ficar,
Há sem dúvida a certeza,
De que sem dúvida tudo é uma incerteza -
E nesta incerteza, há a certeza de que sinto tristeza,
E que veio para ficar, e eu não quero nada disso:
Porque eu não quero que permaneça esta agonia atroz,
Porque eu não quero a certeza de que vou ficar preso neste gélido resquício
Porque eu não quero que apenas a triste incerteza ocupe o lugar da minha voz
Ou até que exista apenas nós... Eu e mais eu...

E o resultado?
Para mim, só uma doença que corrói tipo gangrena
A bíblica indiferença...
Ença... Ença... Ensa...
Inerte irrequietação e a cabeça que só pensa,
Cansaço.
E a leviatã indiferença.

Dominique Martinho, Supra-Álvaro de Campos

terça-feira, fevereiro 25, 2014

A Liberdade Triunfante

Escravos da dívida sem voz
Pesado cajado populista,
Orgulhosa transparência atroz,
Discreção doce, máscara socialista!
Judiarias e outras agiotas
Que calado o povo consome,
Respeita-se o zionismo de idiotas
Que lamenta narigudo o pogrom,
Viva a democracia pluripartidária!
Num rotativismo sem igual
Há campanha mas é acessória,
União Social-Democrata: "Vamos Foder Portugal!"
Poder na rua é um nojo,
Se isso é democracia, viva o regime ditadorial!
A caneta anda de rojo,
Já sem vontade eleitoral!
Abster na ignorância,
E ser peixe pequeno nas malhas do capital,
Ora despedido, ora contratado...
Um sonho cobiçado a nível mundial!
E numa colonização moderna,
Onde uma anónima massa enriquece,
Sob o nome de ajuda externa,
A alma de poucos enlouquece
Na vagarosa dispersão do nevoeiro,
Que com a mão esquerda afastamos
Entre bordô e dourado traiçoeiro,
Fervorosos da luta de classes estamos
Mas entre tanto "clube" e organização
A esperança nos extremos-esquerdinos,
Vê-se distante e sem dimensão,
A pátria morre e já os fúnebres sinos,
Declaram morto o estado-providência
Tocando uma derrotista marcha incessante
Para que os carros topo de gama,
Distribuídos por quem engenhosamente gama,
(Como outrora carroça barroca galopante)
Encenem o poder de alguma eminência,
E assim nos orgulhemos da Liberdade Triunfante!

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

O Personagem

É tudo monótono
Monocórdico,
Monocromático,
O meu monólogo
Um discurso cinzento,
Sinto-me traído
Pelo descanso,
Que engana os sentidos,
E é tudo uma ilusão
Tanto tempo para acordar
Já acordei.
Não.
Não há maneira de isto ficar bem
É uma coisa hedionda,
Cheira mal, repugna,
Dá asco!
A besta mais suja vomita
A humanidade é o réu e o carrasco.
Acredita em tanta coisa, e em nada acredita.
Ninguém vale nada!
Eu não valho nada!
Recebi isto como uma chapada!
Interpreto a vida como um castigo!
E eu já não sei se consigo...
Enganar-me mais.

Sou um cínico de um mentiroso!
Sou um mentiroso de um aldrabão!
Um aldrabão de um falso!
Caminho fétido, trôpego e descalço
Nesta calçada patriota,
Cheia de agulhas e vidros de garrafas de vinho do porto!
Vinho alentejano
E aguardente da Lourinhã.

É a social-democracia...
A social-democracia é uma merda!
O capitalismo é uma merda!
A direita é uma merda!
O centro é uma merda!
A esquerda é uma merda!
A extrema-esquerda satisfaz...
Lá com uns vestigiozinhos de fezes.
Mas o liberalismo é uma merda! Neo, clássico, libertino, tenho raiva, odeio, e BAM! Morra!
O barulho urbano é uma merda!
É tudo uma merda
E até o que não é uma merda cheira mal!
É uma massa intensa e pesada
Constituída por matéria fecal,
É uma visão, um cenário para o qual acordo sem vontade
É o quotidiano, é a merda de mentira
Que vivemos todos os dias!
E longe do que é límpido e cristalino
Sinto-me mal, sinto ódio,
O pessimismo corrói a minha alma de cristal
O cristal não vale nada!
A minha alma não vale nada!
Vou vendendo-a às pecinhas...
Sou como um péssimo último modelo dos anos 90
E sou mandado para o abate por auto-determinação.
E nem para o abate tenho coragem de ir!
Porque cheira horrivelmente mal
É horroroso!
O abate é uma merda!
O abate é o capitalismo
E todos sabemos o que é que o capitalismo é!
Mesmo que o defendam! Pretendentes de parasita!
É vender os membros e o espírito à produção desumana
E até mesmo a produção desumana mascara-se de luxo!
E convence-me de que preciso de merecer a vida
Quando eu não escolhi porra nenhuma!

E o teu Deus é uma merda!
E o teu Deus quer-te na merda!
O teu Deus odeia-te mais do que aquilo que eu te odeio
E quantas coisas mais eu odeio, porque sim!
Numa embriaguez de ódio.
O teu Deus quer-te mal e foste tu que o criaste
E deste-lhe um tapete numa benção,
E cumprimentaste-o alegremente numa eucaristia
E Deus tratou-te com o cúmulo da misantropia.
E... E... E! E!
E está tudo arruinado agora!
É ruínas fumarentas por toda a parte...
Ruínas de merda!
Só cansam o olhar!
Pior que as ruínas desta nação em obras embargadas
Só a televisão com os seus prémios falsos!
Com o seu evangelho subliminar a sublimar a tua identidade
A tua identidade que é uma merda, e não vale nada!
E eu odeio-te, mas nem te conheço!
E mesmo assim odeio-te menos do que os que te conhecem ou os que dizem que querem o melhor para ti!
E eu odeio-te bastante, porque és incapaz de enlouquecer.
Tu não mereces nem o que conquistas, nem o que te enfiam na boca contra a tua vontade!
Porque tu não cometes o crime do raciocínio
E eu sou um delinquente despercebido,
E já cansa observar esta alucinação através destes olhos
Já cansa interpretar esta aparente realidade,
Que mais pode não ser que uma mentira
E só me resta fechar os olhos e adormecer...
Ir para onde a ferida que estimulo orgulhosamente
Num jeito sádico e de amor ao ódio,
Cala, e onde o meu pensamento pode calar
E onde o meu monólogo negro pode acabar,
Pois já nem sinto sofrimento nem desespero...
Sento-me neste trono contemplativo, numa contemplação doentia
E só tenho ódio, ira autêntica, e uma ideia inédita e voraz,
De que tudo é uma merda!
Onde quer que a paixão não tenha residência.

E então eu sou o personagem,
O personagem de merda,
A quem a sinceridade cortou as cordas vocais.
Recebo a vida como um castigo,
E eu já não sei se consigo...
Enganar-me mais.

terça-feira, janeiro 07, 2014

A Razão Morreu

Usei a razão para descobrir
Que sou essencialmente irracional
E vão puxando sem sucumbir
A carroça que tombou, o cavalo emocional
E o cavalo do que é físico e corpóreo
E cada vez aceito com maior agressividade
Que o que outrora era complexo, é agora acessório
E mais me pesa no espírito, a ainda tenra idade
E a culpa é minha, absolutamente minha
Que me atrevi a raciocinar
Num mundo em que sou um ponto numa linha
Até ao dia em que a morte me venha buscar
Fragmento-me em dois, o eu social
Com todas as características que não interessam
E o eu despedeçado como um vidro numa catedral
Marginalizada por todos os que se atravessam
No meu intenso e alucinante sonhar
A razão deixou de ser para mim pragmática
Mas quanto mais se pensa, mais se quer pensar
A máquina é programada com mais complexa matemática
Mais intensa, mais exaustiva, mais, mais, mais...
Tchuff, zás! Sons electrónicos, sobreaquece errática
Ai, se alguma vez julgaram meus pais
Que o seu progénito teria na sua alma tamanho estigma
Como tirado de catacumbas da antiguidade
É tudo em mim um fervoroso enigma
Tanto quis ser humano que larguei a minha humanidade
Amo a minha pátria e o meu povo
Amo a distante justiça e a igualdade
E ainda nos meus 18, sinto-me velho mas sou tão novo
E já questiono o valor de tudo isso
Eu nem culpo o azar ou a sorte
Tenho medo, rio disso, e estou submisso
Tal é o horror que tenho que às vezes perco o Norte
Não fossem umas asas de anjo me acolherem
E a minha vida não teria linha de história mas um corte
E quanto mais vejo todos os Deuses a morrerem
Mais eu temo o mundo e temo a morte...

quinta-feira, janeiro 02, 2014

Terceto da Coesão Social

Pobre e desolado é o homem
Que perante um mundo variado e vivo, o despreza e destrói encadeado na perdição do digital.
E a maioria de nós é esse homem.

quarta-feira, novembro 27, 2013

Verdadeira Mentira, O Grande Delírio

Inalienavelmente verdade, a grande verdade
Estrutura óssea é esqueleto, maquinal de aço,
O diabo cuspiu mentiras lindas, e choveu na cidade
Mas a bondade reina, no mais hediondo terraço,
O capitalismo, o caminho, unha e carne com o progresso
Existem factos, totalmente, inquestionáveis,
A dúvida é a gruta mais fria a que tenho acesso
Tecelagem, novo sorriso, elites de plástico amáveis.

A guerra é providencial para o bem-estar
PIB, PIB per capita, poder de compra, IDH,
Com a indústria de armamento, que se foda amar
Dinheiro, novidade, maior controlo de massas não há!
É a tecnologia o progresso, a ciência o caminho!
Revelada em flatulências, como pura distracção
BIP BIP! BIP BIP! Vroom! Dzzzt! Zás! De volta ao ninho!
Finda o período laboral, e não há tempo para a sensação.

Geração digital, actualizar, pedido de ajuda dissimulado,
O orgulho, cala o grito, fecho-me nesta jaula de ser quem sou
Revolução, bandeira vermelha, leve, leve, estou cansado,
Irónico, sarcástico, até zangado, com o louco que ousou
Sou peão, o meu vizinho é peão, odeio quem não o é!
Porque este óleo, na minha estrutura, é um raio de uma droga
Mas sou homem de virtudes, acredito que tenho fé!
Num insatisfatório capital que sadicamente me afoga.
Jamais de pé me irás ver!
A lei não deixa,
Num livro difícil de compreender
Em tons dourados e de ameixa.

Submisso, cresço estúpido, instruo-me idiota, trabalho palerma, morro otário!
Apodreço infeliz na vastidão de um obituário.
Estes elementos que nos unem estão mesmo aqui?
Acredita que sim, porque assim o li...
Textos extensos, fizeram-se teses com fontes...
Fontes que tinham fontes aos montes...
Fontes essas já sem fundamento...
Mas está feito o trabalho...
Bem, bem, bem...
Escasseamos em alimento...
Não temos tomates, vendemos a dignidade a retalho
Mandam-te subir o cordão umbilical, de volta para o ventre da mãe.

A verdadeira mentira, é de que há verdade!
Vejamos, corrupção na caridade,
E crença nos partidos do ódio
Eleva-se a mais ilustre estupidez ao pódio,
Democracia = Arte Circense
Bicarbonato de sódio!
Fermenta a morte da minha esperança...
E por mais que pense
Só me sinto criança,
Uma infantil bondade
Envenenada num doloroso vislumbre da obra da humanidade!

É tudo uma mentira...
Crença, descrença...
Só se vê a diferença
Mergulhado na ilusão imensa
E já está na minha mira
E já instalei o telescópio
A fragmentação em dois
Devido ao lixo orgânico "vivo", pois
Delirantes no mais imaginativo ópio
Vomitariam perante as declarações triunfais
Que destrunfariam todas as mãos e levariam à indignação
São trufas quando pensavam ser cogumelos
São blasfemos profanos heréticos, quando pensavam ser singelos
Porque esfregaram-se frenéticamente sob a maior benção
Porque viram avanço social na égide do interesse
Porque esperavam ao deglutir a hóstia que nada vos doesse
Porque julgam existir.

E há aquele rumo inflamatório de pensamento
Que é negro e ninguém quer uma lanterna
Antes ignorante e desatento
Antes a ofuscação eterna
Bombardeamento da possibilidade
Foge, acredita que existes, és alguém
Sacode o fumo que emana da tua identidade
Silencia a hipótese de que não és ninguém
O mundo é tal e qual como diz a tua percepção,
Ainda que nada assegure que não passas de uma imaginação.

Eu digo que é tudo mentira, mais um dia,
É endeusamento do fútil com laivos de misantropia.

sexta-feira, novembro 01, 2013

Ensino Democrático

Prepara-se na escola
Como num auto de fé,
Um inferno de esmola
Uma escravatura até,
Em que mesmo para obter
O título de escravo,
É preciso tamanho sofrer
Pagando cada centavo,
Uma avaliação constante
Competir, ser o melhor,
Secundarizar o aprender
É PRECISO SOFRER!
Para alguém poder "ser"
Coisa alguma,
Mesmo não deixando de ser!
Coisa nenhuma.
É um terror injustificado
Sonhos são feitos migalhas
O injusto glorficado
Vêm-se desejos, alcançam-se acendalhas.
Somos um número sem valor!
E isso é tudo o que valemos,
Cospem-nos furiosos sem pudor
As únicas saídas que temos,
Empurrando-nos para um tapete rolante
Que chia com o seu rolar,
A que ninguém faz frente
Incessante e a filtrar,
A sociedade como maquinaria
E é uma excentricidade,
Olhar em demasia
Para a Hu-ma-ni-da-de!

O ambiente é ofegante, é de de peso,
Impingem o medo distanciando-nos com um "você" em tom de tirania
"Pode ficar para sempre aqui preso!"
Falam-nos como se nem houvesse democra...
Sabem que mais, esqueçam...

Democracia tem pássaros cantando à sua volta
Democracia tem anjos que tocam majestosamente as suas harpas,
Democracia tem um riacho onde dançam lindas carpas
A democracia tem até santos liderando a sua escolta.
Pois eu digo que se enxotem os pássaros!
Que se enforquem os anjos!
Que se assem as carpas!
E que se exterminem os santos!
Democracia é um conceito que aceitamos sem questionar!
Quem é a "demo" e onde fica a "cracia"?
E para podermos algo mudar!
Só mesmo esperar o dia
Em que alteremos a nossa limitada e estúpida maneira de pensar!

Democracia é: UM TRONO DE MADEIRA APODRECIDA! É O QUE É!