quarta-feira, novembro 16, 2011

Não sou Nero...

Não sou Nero...

Sou Nero e o meu maior desejo é ver,
A minha cidade como se fosse uma vela
Reflectindo nos olhos do meu ser,
Uma chama furiosa, inspiradora e bela...

E durante um tempo de vida recorro à ameaça
Exibindo tal loucura que vos amedronta,
Tão cruel e lunática é a minha raça
Tão grande o meu poder que ninguém me confronta,

Mas eu Nero não sou... sou sim um típico mentiroso,
Que destrói esse futuro, que tu tão feliz traças
Um Imperador da era moderna, engravatado e asqueroso,
Bem-vindo ao mundo do controlo de massas!

E vejo-te temer a chama com pavor e desolação
Uma chama que ainda não foi largada, nem nunca o será,
É assim que te distraio da verdade da vida, e também da razão
Eu sou o Deus que não queres, e tão pouco te amará,
Que da tua fraqueza suga prazer, e de seguida em ti defecará!

Sou o maestro desta orquestra de crise bem ensaiada,
Que te apoquenta quando a mim me bem apraz
Enriqueço com a miséria da tua vida desvalorizada,
E consomes o que quero tão educado e voraz!

Não sou Nero... sou mais discreto...

1 comentário:

  1. Olha outro vonito.

    "E vejo-te temer a chama com pavor e desolação
    Uma chama que ainda não foi largada, nem nunca o será,
    É assim que te distraio da verdade da vida, e também da razão
    Eu sou o Deus que não queres, e tão pouco te amará,
    Que da tua fraqueza suga prazer, e de seguida em ti defecará! "

    E o último verso é o ENDGAME.

    *takes hat*

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