sábado, outubro 08, 2011

Nestes dias defuntos...

Nestes dias defuntos...

Nestes dias defuntos
É só mais um passo que dou,
Por caminhos disjuntos
Questiono-me quem sou,
Sempre seguindo um trajecto
Que não é e nunca foi o meu,
Mas lamentos inúteis sou um objecto
De quem o mundo apodreceu;

Cegado por um indesejado clarão
O branco de todos os cenários,
O vazio dos dias nos calendários
Talvez melhores dias virão...

Nestes dias defuntos
É só mais um passo que dou,
Cabeça em complexos assuntos
Que disseram meus, mas quem eu sou?
Grito no poço do oblívio
Por um botão para avançar estes dias,
E suspirar de profundo alívio
Encontrar não mais agonias...

Preciso de um mapa para o labirinto
O labirinto da pura ilusão,
Mão de Deus que me esmaga o coração
É por isso que ainda vivo não minto...

É por isso que ainda estou perdido
É porque descobri a verdadeira saída,
Persigo a melodia para encontrar a minha vida
E decerto tirarei a bala que me deixou abatido,
Sorrindo para um astro que me guia
Para o teu sorriso que encontrarei um dia!

E até esse dia chegar,
Nébulas de sonho para contemplar.

2 comentários:

  1. "Por isso não pares, ó pequeno sol,
    Não pares de construir o teu legado.
    Porque nem imaginas o quanto essa faísca,
    O quanto esta escuridão, tem iluminado."

    Este extracto do poema que fiz escrevi para ti :]
    Serve de comentário a este poema ^^

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  2. Brutal... Notasse que derramaste tudo sobre o papel...

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