Efeito Sereia
Nunca perversamente abordado
Porque quem jamais desejara,
Tão pouco gravemente chocado
Mas sorriso de besta jaz na sua cara;
Somente o gosto de rosas despetalar
Demasiado jovens para serem despidas,
Um prazer de nas mãos as esmagar
Sujando-as de escarlate e do fim de vidas;
Talvez à crueldade se entregou
Por um sonho que lhe proibiram,
Mais, uma sereia para quem navegou
E só ao embater num rochedo se viram;
Um monstro criado pela desilusão
A ilusão que descansa lânguida numa pauta,
7 ou 6 cordas agarram o seu coração
Pela nébula dos sonhos, um cosmonauta...
Não... não é nem nunca será um monstro...
Só mais um proletário para sobreviver,
Sodomizado pelos que fizeram o mundo
Caminhando de costas para o verbo morrer.
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