quarta-feira, julho 28, 2010

Pesadelo Contínuo

Pesadelo Contínuo

Explosão de violência entre ramos de árvores
Sob acordes melancólicos
Ecoados num cenário mórbido
Fruto de uma mente adormecida

Um cenário onde estás tu, descalça
Com a cabeça inclinada, chorando,
Sobre um lago de lágrimas
Com justificações que o vento roubou

Outrora tentei seguir o vento
Orientando-me pelo seu típico uivar de inverno
Procurando as razões do chorar dela
E assim que alcancei as inúmeras razões
Fui atingido por uma doce rajada soporífera

Nos sonhos do sono do meu pesadelo
Encontrei uma explosão de violência entre ramos de árvores
E escutei uma melodia melancólica tocada numa guitarra dedilhada
Que ecoava na vastidão de um cenário mórbido
Onde encontrei uma jovem descalça
A chorar sobre um lago de lágrimas
Cuja razão para elas terem caído
O vento roubou

Perguntei à jovem porque chorava
Arranhou-me a cara deixando-me 3 cortes profundo
Abrindo a sua boca com lábios cinzentos
Exibindo todos os seus dentes afiado
Apontando-me os seus olhos completamente negros
E disse-me em voz gutural:
"A razão porque choro
Meu jovem insípido
É para atrair mais idiotas sentimentalistas como tu."

E ao acordar, sufocando de medo
Notei que ainda dormia
E o cenário mórbido ainda lá estava
Na dimensão do sono
E voltei a tentar encontrar as razões
Para a queda das lágrimas da jovem
No uivar de inverno do vento
E quando as encontrei
Fui atingido por uma doce rajada soporífera
E o inquestionável passou-se vez após vez...

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