domingo, junho 16, 2013

Ódio a Deus

Acéfala crença divina
Arruína a minha história,
A humilhação cretina
Atrocidade, a glória,
Odeio o criador
Trono de imundície,
Falso eterno amor
Ornamentos de tortura
Vómito vem à superfície,
Acreditar pelo terror.

Aprender a temer Deus
Em palavras manipuladoras,
Catedrais são os liceus
Formam almas pecadoras,
Leccionam o bem, mal
E causam-me nojo,
Numa hipocrisia carnal
Aceito a hóstia
Peregrino de rojo,
E mastigo-a como um animal.

Apodrece no meu estômago ateu
A meretriz eucarístia,
Que ao tragar infame me doeu
Pois quanto mais me iluminava,
Mais eu desistia
Porque a sinapse correcta
Lustrosamente me mostrava,
Que se existe o Grande
É para ser odiado!
Porque em reivindicações
De carícias na glande,
Não vejo prostrado
Em sumptuosas instituições,
A felicidade e a esperança
E não é a cegueira
Porque à minha beira,
Num suplício passo de dança,
Vejo o sofrimento a persistir
Deus é para ser odiado enquanto eu existir.

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