Ferida
Vejo o caminho a acinzentar
E de repente nada, vazio,
Só o som do vento e do mar,
Da valsa das árvores e do rio.
Já não existe a imagem
Agora só o som e o cheiro,
Sentir a frescura da aragem
A humidade do nevoeiro.
Mas estou totalmente perdido
Na floresta procurando saída,
Caio ao chão aturdido
Fazendo tamanha ferida.
Lembro a árvore que dança
Onde me queria tanto abrigar,
Onde alguém pintara esperança
Onde do desespero me queria salvar;
Estava mesmo à minha frente
Mas perdi a noção do espaço,
A sua luz enganou-me a mente
Agora vejo tudo, mas baço;
Afinal não era cegueira
Mas sim uma lição,
Nasci para viver à beira
Da tirana depressão.
Não viesse a enorme ferida me salvar...
Co za asy!
ResponderEliminarAdorei este, quando tiveres a minha idade vais ser um ace.