Ladra de Dálias
Quero-te nua!
Num quarto na penumbra
Lembrando-te que a culpa é só tua
Acariciando o teu corpo que tão calorosamente me deslumbra
Com os teus belos pulsos amarrados ao tecto
Respirando um enjoativo mofo
Chicoteio-te com todo o carinho e afecto
Sorrindo para não mostrar esta cólera de que sofro
Não te quero fazer pouco mal
Quero escrever cortando-te
Nessas feridas deitando sal
Minha amada, eu amo-te...
Porque a culpa é tua!
Arrancaste uma de minhas dálias alegremente
Tua campa será a calçada da rua
Na qual eu cuspirei incessantemente
Sim eu sou egoísta!
Admito-o orgulhosamente
Sem moral eternamente niilista
Te mato minha ladra, cruelmente!
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