O Vaso de Todo Mal
I O concílio dos hereges
6 meses antes do início desta história
Uma filha de evangélicos
Foi escolhida ao acaso
Para fecundar o sémen da besta
E dar às trevas o seu filho
Cuja criança o corpo ele irá tomar
E 6 meses passaram
E 2 soldados das trevas
Pela casa da jovem irromperam
Assassinando os seus pais
Para usar o sangue de ambos
No desenho do pentagrama
Pentagrama do qual será invocada a besta
Para que assista ao parto da jovem
E analise se a criança é de seu agrado
E se a rapariga pela qual se movem
Se mantém imaculada
Ou será cruelmente assassinada
E levam-na pelos braços
Enquanto ela grita tipicamente
Calando-a com as mãos
Fazendo-a agitar agressivamente
Mas é inútil
Lutar contra dois demónios...
Chegam então a uma mansão
E deixam-na num corredor
Por este altura rebentam-lhe as águas
E começa aí a dor
Aparecem 6 servos de Satanás
Despindo-a e torturando-a
II O Ritual de iniciação
E por entre as tochas
Cujo fogo era magicamente incessante
Lá ia então a jovem
Nua e caminhando relutante
Enquanto era torturada
À semelhança de Cristo
E os adoradores de Lúcifer
Na jovem desgraçada
Batiam-lhe com varas espinhosas na costas
Para verificar se ela se mantém imaculada
Dando ao seu amo
Um cálice do seu sangue
Os cânticos começam então
E escurecem os olhos da virgem
Começa o mantra satânico
E na jovem a última varada impingem
Colocando o seu sangue num cálice
E o cálice no lado esquerdo do trono do demónio
Então a virgem deita-se
Numa cama de madeira preta
E Satanás é invocado
Ao som de uma corneta
Surgindo então, num pentagrama de sangue
Sangue dos pais da jovem
Por fim o demónio eleva-se ao seu trono
Tomando vários goles do seu cálice
E no gole nono
Exclama batendo com as suas palmas
Que a jovem continua imaculada
E que comece o jogo para seleccionar o parteiro
III O Jogo
Sexta-feira dia 13
Seis pessoas numa cave
Seis facas e uma chave
Uma porta para a salvação
Só um deve sobreviver
E colocado para o trabalho de parto ser
E é neste momento de medo
Que o ser humano não olha meios
Porque ninguém quer morrer tão cedo
E a sociopatia toma conta de todos
E a raiva de querer sobreviver
Fá-los esquecer tudo
E estes seleccionados
Não o foram ao acaso
Foi por serem bastante devotados
Na sua função
Todos eles são padres e freiras
Mas todos querem sobreviver
E no que toca a sobrevivência
Não existe religião
Por maior que seja a demência
Ninguém quer viver a 2 metros debaixo do chão
E cada um pega na sua faca...
E começa a emoção
E gritos de dor
Misturam-se com gritos de raiva
E quem por Deus teve tanto amor
Esqueceu a sua existência
Para que servem as páginas da bíblia então?
Para substituir o papel higiénico...
Por fim um único sobrevivente
Uma freira
Pegou na chave
E chorou de tal maneira
Que lavou o sangue da maçaneta da porta
Foi salva, e colocada como parteira
Continua...
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