Cantos de Ódio
Contorce-se o meu corpo
Com a ira gerada do tédio
E um grito que ecoa
No vazio do cérebro de insípidos
Espalhando mensagens de raiva e ódio
Ridicularizadas e ignoradas
E enquanto o bater do meu coração
Compõe uma música violenta
A suavidade da tua voz feminina
Tenta moldar essa música
Adicionando-lhe uma melodia harmoniosa
A qual eu destruo e calo
Com um barrote de ferro
Entretendo-me a magoar corpos humanos
No compor de uma obra épica de gritos de dor
Oiço engrenagens de maquinaria
Que despertou o meu interesse
E decidi acabar a minha obra em grande
Colocando um corpo de cada vez
Num dobrador de metal
Enquanto me ria cruelmente do esgar das pessoas
Assim pus fim à minha magnífica obra
Gravada com um microfone barato
E enfiei-me numa caixa de madeira
A escutar a minha adorável composição
Tentando lembrar-me das caras e do esgar de cada um
Mas a insatisfação ainda corria dentro de mim
Fui buscar a mulher da minha vida
Que me recusou rudemente
Inconsciente da minha perfeição
Amarrei-a a uma árvore
E açoitei-a lentamente
Fiz-lhe um corte grave
E fiquei a olhar para os seus belos olhos
Da cor do céu
Enquanto ela se esvaia em sangue
E suplicava por ajuda
Depois de levar o cadáver para os meus aposentos
Explorar o corpo para necrofilia
Separar os seus órgãos por divertimento
Voltei agora satisfeito, para o meu solipsismo
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